Desde a sua criação em 1996, portanto a 25 anos, o CISM concentra a sua estratégia na busca de soluções para as principais doenças transmissíveis que afetam o país e graças à sua produção científica de qualidade, o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) afirmou-se como um centro de excelência na investigação em Moçambique e no mundo em geral.
Durante estes 25 anos, os resultados das atividades realizadas pelo CISM, em colaboração com autoridades sanitárias locais, provinciais e nacionais, instituições governamentais e não-governamentais, assim como instituições acadêmicas nacionais e internacionais, contribuíram para melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento de alguns problemas de saúde pública no país, favorecendo assim a melhoria da saúde da população.
Este é o primeiro de vários post´s, através dos quais pretendemos ilustrar o impacto das nossas actividades a nível distrital, Nacional, Regional e/ou Internacional. A nível distrital, que constitui objecto deste post, destacamos que a relação entre pesquisa e cuidados de saúde tornou-se um importante valor acrescentado na melhoria dos indicadores de saúde a nível do distrito da Manhiça.
IMPACTO A NÍVEL DISTRITAL
Em conjunto com outros parceiros, o CISM presta apoio a assistência sanitária no Hospital Distrital da Manhiça e nos Centros de Saúde existentes na sua área de influência (Manhiça, Maragra, Malavele, Palmeira, Taninga, Ilha Josina e Xinavane), contribuindo assim para a melhoria dos indicadores de saúde no distrito. Actualmente o Distrito de Manhiça tem 21 médicos (13 médicos do Sistema Nacional de Saúde e mais 8 do CISM).
O laboratório do CISM apoia as actividades de assistência sanitária do Centro de Saúde da Manhiça e do Hospital Distrital da Manhiça. As instalações laboratoriais incluem hematologia, bioquímica, parasitologia, microbiologia, virologia (HIV), imunologia, biologia molecular e um laboratório BSL-3 (Biosafety Level 3) para o diagnóstico da tuberculose.
A implementação de um Sistema de Vigilância Demográfica (SVD) no distrito de Manhiça, composto pela plataforma geográfica e pela plataforma demográfica. Estas plataformas são cruciais para o desenvolvimento de estudos de pesquisa em saúde, pois fornecem dados demográficos e indicadores que permitem medir o impacto das diferentes intervenções, localizar e acompanhar os participantes nos diferentes estudos, acompanhar as tendências demográficas da população e elaborar mapas precisos da distribuição das doenças na área de estudo, entre outras potencialidades.
As actividades implementadas pelo CISM no distrito de Magude, no âmbito do projecto-piloto para eliminação da malária, e em estreita colaboração com o Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM), a Direcção Provincial de Saúde de Maputo, os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Magude e o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal),
contribuíram para uma redução de 86% na prevalência da malária entre 2015 e 2018, de 9,1% para 1,3%.
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