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Nercio Machele

“BATALHAS” DO CISM CONTRA A MALÁRIA SÃO DESTAQUES DO THE SCIENCE


Um artigo recentemente publicado por Leslie Roberts, na revista norte americana, The Science, destaca as “batalhas” do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) contra a malária e explica como os projectos implementados pelo CISM, contribuem para a luta contra a malária em Moçambique. No artigo, Leslie, inicia a história falando de Moisés Mapanga, um dos participantes de estudos de entomologia implementados no distrito de Matutuíne. O senhor Moisés, é descrito como uma isca, pois dorme numa tenda, cujo propósito é a caça de mosquitos. A tenda, é montada dentro da sua casa, e estando dentro da tenda, ele atrai os mosquitos, que são capturados por uma armadilha, antes de realizarem a picada.”


“A equipa do CISM está no local para inspecionar as actividades de capturas de mosquitos, e realiza visitas domiciliares para recolher os mosquitos e posterior análise sobre as espécies de mosquitos que predominam no distrito, o seu intervalo de picada (se picam dentro ou fora de casa), cujas respostas ajudam a reduzir os casos da malária no distrito, pois, essas análises, ajudam ao governo a definir estratégias específicas para cada local” desenvolve a autora.


“Mas também procuramos responder a uma questão maior: por que, depois de Moçambique e seus parceiros internacionais terem gastado anos investindo dinheiro e energia no combate à malária, os casos se estabilizaram e em alguns lugares aumentaram? Fazemos quase tudo o que podemos para diminuir a carga, mas não estamos vendo o impacto que esperamos”, comentou Pedro Aide, director científico do CISM na entrevista à Leslie.


De acordo com a autora, o padrão é semelhante em muitos países da África Austral. Depois de mais de uma década de sucessos impressionantes contra a doença, os casos agora estão avançando em uma linha geralmente plana, ligeiramente para cima em um ano, para baixo no ano seguinte, sem progresso real. E para ela, espera-se que pesquisadores moçambicanos, possam ajudar a responder a pergunta, com base em experiências locais.


Em parte, segundo Pedro Aide, citado pela autora, “parte do problema é que os mosquitos estão revidando. Intervenções comprovadas contra a malária, como as redes mosquiteiras tratadas com inseticida de longa duração e a pulverização intra-domiciliária, estão perdendo força porque os mosquitos estão mudando seu comportamento e a resistência aos produtos químicos se tornou desenfreada. O próprio comportamento humano, o reduzido acesso aos de serviços de saúde pelas comunidades, bem como, as questões do meio ambiente e fenómenos naturais (clima, ciclones, inundações...) que afetam o país, constituem os principais desafios e condições para a proliferação de mosquitos.“ Clique aqui para ler o artigo completo.

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