CISM IRÁ CONTRIBUIR PARA O TRANSPORTE DE CORPOS DO HCQ PARA A COMUNIDADE
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CISM IRÁ CONTRIBUIR PARA O TRANSPORTE DE CORPOS DO HCQ PARA A COMUNIDADE

Atualizado: 12 de jul. de 2021


Imagem aérea do Hospital Central de Quelimane

No âmbito das actividades de envolvimento comunitário do programa CHAMPS (Child Health and Mortality Prevention and Surveillance), implementado pelo Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) desde 2016, irá iniciar no mês de Julho do corrente ano, no distrito de Quelimane, uma estratégia de transporte de corpos de crianças (menores de 14 anos) falecidas no Hospital Central de Quelimane (HCQ) para as suas respectivas comunidades, esperando assim reduzir os índices de abandono de corpos devido a dificuldades financeiras e propiciar às famílias desfavorecidas a possibilidade de realizar cerimónias condignas de seus ente-queridos.

De acordo com Ernesto Mussa, chefe da localidade de Madal, posto administrativo de Maquival, no distrito de Quelimane, que dista a mais de 30 Km da cidade de Quelimane, “é frequente que muitas famílias não reclamem os corpos de seus entes queridos, por não terem condições para pagar pelo transporte do corpo ou da urna, do HCQ para a comunidade. Por isso estamos satisfeitos com esta iniciativa, pois irá ajudar bastante as nossas comunidades, para que estes possam realizar cerimonias fúnebres condignas”.

Entretanto, Edú Namarrogolo, Oficial de Ligação com a Comunidade (OLC) do projecto CHAMPS, assume que esta é uma réplica da estratégia que já está a ser implementada no distrito da Manhiça, província de Maputo e esclarece que, “a estratégia irá beneficiar as famílias desfavorecidas que residem dentro da cidade de Quelimane, e que se confirme a sua incapacidade financeira”. Namarrogolo, acrescenta que ″iremos montar um circuito que parte da morgue até as casas das famílias, ou seja, assim que se confirmar a morte de uma criança, as famílias desprovidas de condições financeiras, que já estão instruídas, poderão contactar os Serviços de Acção Social do HCQ e esta por sua vez, irá entrar em contacto connosco (CISM) e uma vez confirmada a incapacidade financeira da família para o transporte do corpo, o CISM suportar pagar as despesas do transporte”.

Ainda segundo o OLC, para garantir a sustentabilidade do projecto, “esperamos que nos próximos anos possamos montar comissões a nível dos bairros que poderão gerir os fundos, bem como, incentivar os membros desses mesmos bairros a contribuírem para o sucesso das actividades (aí poderão ser transportados mesmo doentes, incluindo adultos), tal como acontece na Manhiça, porém, numa primeira fase, achamos melhor que o CISM assuma as despesas”.

De salientar que, o projecto CHAMPS tem como objectivo, monitorar e registar os eventos vitais (nascimentos e mortes em menores de cinco anos bem como gravidezes), de modo a produzir estatísticas anuais fidedignas sobre os eventos acima referidos nos locais onde o programa é implementado. O mesmo, é coordenado pela Universidade Emory, financiado pela Gates Foundation e integram esta iniciativa 7 países, nomeadamente África do Sul, Mali, Quénia, Serra Leoa, Etiópia, Moçambique e Bangladesh.

Em Moçambique, o projecto é liderado pelo CISM em parceira com o Instituto Nacional de Saúde (INS), o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Hospital Central de Maputo, Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Manhiça de Manhiça, o Hospital Distrital da Manhiça, Direcção Provincial de Saúde da Zambézia, a Direcção Provincial de Assuntos Sociais, o Núcleo de Pesquisa da Zambézia, o Hospital Central de Quelimane.

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