CISM E ISGLOBAL DEFINEM ESTRATÉGIAS PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS�
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CISM E ISGLOBAL DEFINEM ESTRATÉGIAS PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS



O Acordo de Cooperação científica e técnica estabelecido entre os Governos de Moçambique e da Espanha em 1980, serviu de base para que em 1996 fosse criado o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), inicialmente gerido pela Fundação Clínic de Barcelona e actualmente pela Fundação Manhiça, instituição criada em 2008. Desde a sua criação, o CISM foi decisivo na evolução do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) que juntos avançam no contexto da saúde global com o mesmo objetivo de procurar soluções para as desigualdades em saúde sofridas pelas populações mais vulneráveis do planeta.

Desde a sua criação, o CISM foi decisivo na evolução do ISGlobal.

Há mais de 27 anos, que as duas instituições de pesquisa partilham um modelo de cooperação institucional, científico e técnico que tem ajudado a reduzir o impacto de alguns dos principais problemas de saúde no continente africano e em Moçambique em particular. De acordo com o Director Geral do CISM, Francisco Saúte, “esta ligação estratégica entre o CISM e o ISGlobal torna importante a promoção de intercâmbios científicos e de gestão da ciência de modo a fortalecer e conciliar as estratégias de ambas instituições, e foi por isso que, nos dias 06, 07 e 08 do corrente mês, estivemos reunidos com os investigadores e o Director do ISGlobal, Antoni Plasència, para promover essa interação e para definir as prioridades de colaboração científica e de formação para os próximos cinco anos”.


A reunião científica, que decorreu na Vila Sede de Marracuene contando com a participação de pouco mais de 50 investigadores, serviu também para debater os principais desafios, oportunidades e prioridades que os investigadores enfrentam e que enfrentarão nos próximos anos nas respectivas áreas de investigação: Malária; Doenças virais, bacterianas e outras doenças tropicais negligenciadas; Tuberculose e HIV/SIDA; Saúde Materna, Infantil e Reprodutiva; e Estudos de População.


"Foram três dias de discussões perspicazes e constructivas" disse Antoni Plasència, Director Geral do ISGlobal.

“Foram três dias de discussões perspicazes e constructivas, onde não apenas trocamos ideias, mas também ampliamos nosso entendimento mútuo, fortalecemos nossas relações e abrimos caminho para novos empreendimentos comuns, joint ventures”, disse Antoni Plasència, Director Geral do ISGlobal.

O evento foi uma oportunidade para juntos definir estratégias de novas colaborações em áreas de pesquisa emergentes.

Por sua vez, o Director Científico do CISM, Pedro Aide, comentou que, “neste encontro, tivemos oportunidade para juntos definirmos estratégias de novas colaborações em áreas de pesquisa emergentes, perante um contexto caracterizado por novas dinâmicas e abordagens na área de saúde, tais como a abordagem One Health, o uso da vigilância genómica como ferramenta para o controlo de doenças, entre outras”.


A Saúde Ambiental e Clima, as Doenças Não Transmissíveis, as Doenças Virais Emergentes, os Estudos de Microbioma e a Ciência de Implementação, foram algumas áreas emergentes de pesquisa que os participantes de ambas instituições definiram como prioritárias e de interesse comum nas quais as duas instituições podem continuar a crescer e se fortalecer, compartilhando expertise, e promovendo treinamentos em questões transversais de interesse mútuo, como gerenciamento de dados, estatística e modelagem, suporte de laboratório de microbiologia, ensaios clínicos e gestão de projetos.

A evidência científica gerada pelas equipas de investigação contribuiu para o desenvolvimento de políticas de saúde que salvaram a vida de milhares de pessoas.

Os frutos da aliança estratégica entre as duas instituições de pesquisa são vários. A evidência científica gerada pelas equipas de investigação contribuiu para o desenvolvimento de políticas de saúde que salvaram a vida de milhares de pessoas em Moçambique de forma particular e no mundo, destacam-se a introdução de vacinas contra meningite, pneumonia e diarreia, no Programa Alargado de Vacinação no país, da vacina contra o vírus do cancro do colo do útero (HPV), da primeira vacina contra a malária, entre outros exemplos que podem ser vistos aqui.

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