“DE CASA EM CASA, ADMINISTRANDO MEDICAMENTOS CONTRA A MALÁRIA”�
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“DE CASA EM CASA, ADMINISTRANDO MEDICAMENTOS CONTRA A MALÁRIA”

Atualizado: 27 de jul. de 2023


Parte da quipa do Estudo ADAM que está a implementar em Chidenguele, a Campanha de Administração Massiva de Medicamentos.

A campanha de Administração Massiva de Medicamentos contra a malária implementada em Chidenguele no distrito de Manjacaze, Província de Gaza, no âmbito do projecto ADAM, é composta por duas rondas: a primeira, decorreu de 1 a 13 de Dezembro de 2022 e a segunda, iniciou a 16 de Janeiro e o seu fim previsto para este mês Fevereiro. A mesma, usa uma abordagem de varredura, o que significa que a equipa de mobilizadores e inquiridores vai de área em área e de porta em porta, para fazer a administração de medicamentos.

“Nenhum agregado deve escapar”

“Nenhum agregado deve escapar” enfatiza o Investigador Principal do projecto em Moçambique e Director Científico do CISM, Pedro Aide. Segundo Aide, “a nossa equipa apoia-se numa ferramenta de geolocalização que nos permite ver onde estão as residências ao nível do posto administrativo. Entretanto, há casos que a ferramenta não apresenta uma residência, e aí temos que criar.”

Segundo a investigadora júnior do CISM, Lídia Nhamussua, “chegados numa residência, a equipa apresenta-se ao agregado familiar e o chefe do mesmo agregado é questionado pela equipa se eles podem ou não realizar a administração de medicamentos contra a malária. Caso o chefe do agregado aceite a intervenção, inicia o processo de registo e colecta de dados qualitativos e quantitativos de todos membros do agregado familiar, e depois, verificam-se os critérios de elegibilidade para a recepção dos medicamentos, e de seguida, aqueles membros do agregado familiar que possuem os critérios de elegibilidade, realizam a primeira toma dos medicamentos perante a equipa e depois são instruídos como prosseguir com as doses remanescentes.”


A colecta de dados é feita através do uso de um software instalado em Tablets.
Para além da componente epidemiológica, este projecto conta com uma componente qualitativa...

Para além da componente epidemiológica, este projecto conta com uma componente qualitativa, liderada pela área de Estudos de População do CISM. Esta componente, tem como objectivo, observar o processo de administração massiva de medicamentos, nas áreas abrangidas pela campanha. “Mas esta observação, foi antecedida por uma pré-avaliação, através de entrevistas aos chefes dos agregados familiares e chefes das comunidades ao nível do Posto Administrativo de Chidenguele, cujo propósito era avaliar o nível de conhecimento das comunidades sobre a campanha”, comenta a investigadora júnior do CISM, Felisbela Materrula.


De acordo com Materrula, “na primeira e segunda ronda de administração de medicamentos, realizamos observação não participante, onde avaliamos questões relacionadas a aceitabilidade da intervenção pelas comunidades, bem como, a performance da equipa técnica no que concerne a forma como abordam as comunidades em relação aos critérios de elegibilidade e ético, e, depois da intervenção, faremos igualmente, uma avaliação pós-implementação que irá consistir em discussões com os grupos focais de modo a vermos como as comunidades viram o projecto.”


O projecto ADAM, é financiado pela Parceria de Ensaios Clínicos da Europa e dos Países em Desenvolvimento (EDCTP), implementado pelo Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) em coordenação com o CISM, num consórcio que envolve o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), e a World Vision. Este projecto, para além do benefício directo para o país, espera fornecer evidências úteis para outros países africanos onde a malária é endémica, através da comunicação e divulgação de resultados e lições aprendidas no contexto moçambicano.


Saiba mais sobre o projecto, no vídeo abaixo:


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