CISM AVALIA IMPACTO DA MUDANÇA DA FORMULAÇÃO DA VACINA PCV10 PARA PCV13
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CISM AVALIA IMPACTO DA MUDANÇA DA FORMULAÇÃO DA VACINA PCV10 PARA PCV13


Primeira recolha de amostras realizada na comunidade (manhiça)

Iniciou a 5ª fase do estudo portadores (portadores 5) sob o financiamento da Gates Foundation e da USAID Mozambique. Este estudo, visa avaliar o impacto da mudança da formulação da vacina anti-pneumocócica conjugada 10-valente (PCV10) para 13-valente (PCV13), e a mudança do esquema de Vacinação de 3+0 sem dose de reforço (três doses primárias administradas aos 2, 3 e 4 meses de idade) para 2+1 (duas doses primárias e uma dose de reforço, administradas aos 2, 4 e 9 meses de idade), no programa alargado de vacinação.


Esta vacina é usada para o tratamento de infecções respiratórias agudas desde as menos graves como faringites, laringites, sinusites e otites média, até as doenças mais graves como a pneumonia e derrames pleurais, sépsis ou bacteriémias, meningites agudas entre outras complicações que colocam em risco a saúde.


O Estudo cuja duração é de 8 meses (Outubro 2021 a Maio 2022), será implementado a nível comunitário (distrito da Manhiça) e a nível Hospitalar (Hospital Distrital da Manhiça, , Hospital Geral de Mavalane e seus respectivos centros de Saúde) e está previsto recrutar no total cerca de 1000 crianças menores de 5 anos de idade, das quais 200 HIV positivas na cidade de Maputo e 200 HIV positivas no Hospital distrital da Manhiça, o estudo também irá recrutar 600 crianças HIV negativas incluindo os seus respectivos membros de agregados familiares no Distrito de Manhiça.


Dados recolhidos pelo CISM entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2010 sobre o peso da doença pneumocócica no seio de crianças de menos de 5 anos de idade no Hospital Distrital de Manhiça para calcular os potenciais benefícios para a introdução da vacina, e a carga evitável através da PCV, permitiram introduzir a vacina pneumocócica conjugada em 2013, assim como para garantir o apoio da GAVI para a respectiva introducção.


Portanto, foi com base nestes dados que o país introduziu a PCV10 usando o esquema de vacinação de três doses primárias (administradas no 2, 3 e 4 meses de idade) sem uma dose de reforço (esquema de vacinação: 3 + 0), entretanto, estudos conduzidos no país após a introdução da PCV10 demonstraram uma diminuição significativa de colonização nasofaríngea por pneumococcus e de doença causada por serotipos incluídos na PCV10. Já em Dezembro de 2017 o país mudou a vacina PCV10 para a PCV13 que abrange três serotipos adicionais (3, 6A e 19A) que não foram incluídos na PCV10 e em 2019, o país também mudou o esquema de vacinação de 3+0 para 2+1.


Segundo explica, o Dr. Sérgio Massora, Investigador Principal do estudo “apesar do declínio da colonização nasofaríngeo por pneumococcus do tipo vacinal em crianças menores 5 anos de idade, a prevalência de colonização por pneumococcus do tipo vacinal continua alta em Moçambique em crianças não infectadas (14,5%) e infectadas (21%) pelo HIV. Neste contexto, decidimos levar a cabo o presente estudo para avaliar o impacto adicional da Mudança da formulação e do esquema de PCV no programa alargado de vacinação em Moçambique que entra agora para a sua quinta fase”.

Equipa multisectorial (administrativa, Demografia, ciencias sociais, clinica...) presente no acto do ínicio do estudo

Para o efeito, foi realizada na manhã de 01 de Dezembro o acto de início da componente comunitária do estudo que contou com a presença do Principal Investigador, mobilizadores, inquiridores, estruturas locais da do Bairro 3 do Distrito de Manhiça entre outros presentes, que na ocasião testemunharam os primeiros recrutamentos para o estudo.


O estudo será conduzido sobre o tema: Colonização nasofaríngea por Streptococos pneumoniae em crianças e adultos em Maputo e Manhiça antes e depois da introdução da vacina anti-pneumocócica conjugada em Moçambique.


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