CISM E PARCEIROS, LANÇAM ESTUDO REACT2
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CISM E PARCEIROS, LANÇAM ESTUDO REACT2

Atualizado: 28 de jun. de 2021



Para comemorar o dia Mundial da Malária, o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça em estreita colaboração com o Programa Nacional de Controlo da Malária, a Malária Consortium e os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social do Distrito de Magude realizaram no passado dia 23 de Abril de 2021, o lançamento do Projecto de Vigilância Reactiva, que visa o fortalecimento do sistema de vigilância de malária em Moçambique. O acto de lançamento deste projecto teve lugar na Localidade de Chicuco, Posto Administrativo de Magude-Sede, no agregado familiar do primeiro caso de malária detectado passivamente pela Unidade Sanitária no contexto deste projecto. Coube ao Director do Gabinete de Sua Excelência Secretária de Estado da Província de Maputo, Dr. Rui Manuel Nanlipa fazer a entrega da primeira dose de dihidroartemisinina-piperaquina (DHAp), um antimalárico eficaz e aprovado pela OMS, com efeito profilático de 4-6 semanas.

Durante a sua intervenção, na cerimónia que marcou o Dia Mundial de Luta contra a Malária, Nanlipa agradeceu aos parceiros de cooperação nacionais e internacionais pelo seu apoio incondicional para a prevenção e combate de várias doenças com especial atenção para malária. Destacou que “a contribuição dos parceiros é que permite hoje celebrar o dia Mundial da Malária em Magude, um dos distritos da província de Maputo que registra o menor número de casos de malária, e é neste distrito e no distrito de Matutuíne que se está a implementar o Programa de Vigilância Reactiva”.


Na sua intervenção Francisco Saúte, Director Científico do CISM, que represetou a Fundação Manhiça neste acto, mencionou que durante o período de implementação do estudo, será feita uma avaliação da viabilidade e impacto da implementação programática destas actividades para que possa ser usada para informar a futura expansão de actividades de vigilância reativa em áreas de baixa transmissão da malária em Moçambique, através das próprias direções distritais de saúde sob orientação do PNCM”.


O Dr. Saúte recordou que a relação com Magude, é uma relação duradoura e que“o projecto Magude, projetado para avaliar se era possível eliminar a malária com as ferramentas então disponíveis, numa área do país com transmissão moderada, foi um claro exemplo dos esforços conjuntos, e que embora não tenhamos conseguido eliminar a malária, conseguimos reduzir os casos de malária em 85%, e fornecer lições importantes para orientar o roteiro para a eliminação da doença. Baltazar Candrinho, Director do Programa Nacional de Controlo da Malária enfatizou que os resultados alcançados e experiência adquirida em Magude está a ser usada neste momento em Cabo Delgado no âmbito da implementação programática de Administração Massiva de Tratamento, e apelou aos diversos parceiros na província de Maputo que “abracem as diferentes iniciativas, e façam o possível para garantir que estas sejam implementadas com a melhor qualidade possível, para produzir melhores resultados para podermos informar a outros locais em Moçambique”.

O projecto REACT2, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates (BMGF) irá implementar de forma programática acções de vigilância reactiva de malária nos distritos de Matutuíne e Magude, incluindo a componente de resposta através da administração focal reactiva de tratamento antimalárico (sigla em inglês rfMDA – reactive focal Mass Drug Administration), investigação e resposta a surtos em focos localizados de transmissão (epidemiológicos e entomológicos) nesses distritos.

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