“COMUNICAÇÃO NÃO É ALGO QUE SE ADICIONA À CIÊNCIA, É A ESSÊNCIA DELA”�
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“COMUNICAÇÃO NÃO É ALGO QUE SE ADICIONA À CIÊNCIA, É A ESSÊNCIA DELA”



De 14 a 16 de Junho, tive a oportunidade de participar num workshop organizado pelo Centro de Comunicação em Saúde da Universidade de Texas (UT) em Austin (EUA), mais concretamente no Instituto de Liderança em Comunicação em Saúde (Health Communication Leadership Institute), O evento reuniu especialistas de comunicação de vários sectores e proveniências, expondo, avaliando e discutindo as actuais práticas de liderança, gestão e inovação na comunicação em Saúde.


No evento, destacou-se que “a comunicação não é algo que se adiciona à ciência, é a essência dela”. Ou seja, que todo o investigador, técnico ou especialista em saúde, deve(ria) incluir actividades de comunicação e disseminação da pesquisa antes e depois da publicação dos resultados e seus impactos.

Incluír a comunicação desde a planificação do projecto/actividade

Este facto, alertou-me ao facto de que embora, estejamos a registar alguns avanços no país, ainda há desafios mormente ao envolvimento e comprometimento dos investigadores em incluírem actividades de comunicação no processo de planificação dos diferentes projectos / actividades de pesquisa, um cenário que ambas instituições de pesquisa devem desafiar-se em alterar.


Os CDC (Centers for Disease Control and Prevention), define a Comunicação em Saúde, como o estudo e uso de Estratégias de Comunicação para informar e influenciar os indivíduos e a comunidade a tomar positivas decisões em relação à saúde. Portanto, ao incluir a comunicação e envolvendo as equipas de Comunicação, estará o investigador a contribuir para maior difusão das informações do seu projecto/estudo, antes e depois da publicação dos resultados e impactos.


A Comunicação em saúde, articula um conjunto de ferramentas e canais que permitem discutir e disseminar as mensagens chave de um determinado projecto, estudo ou problema de saúde pública, com vista a criar um ambiente favorável e receptível onde essas mensagens podem ser partilhadas, entendidas e discutidas pelo respectivo público-alvo.


No Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), entendemos que a pesquisa só tem sentido se for útil para a sociedade, como um dos principais veículos que nos permite encontrar as soluções mais adequadas para a resolução de problemas, sobretudo em contextos de desenvolvimento como de Moçambique, onde os recursos financeiros e humanos são escassos. Portanto, a nossa missão é promover e realizar investigação biomédica em áreas de saúde prioritárias, para salvaguardar a saúde das populações mais vulneráveis, pelo que a partilha de informação entre o CISM, o governo, as comunidades, e outras partes interessadas, é crucial.

Para garantir a partilha de informação entre o CISM e os seus diferentes stakeholders, a instituição apoia-se na Área de Pesquisa de Estudos de População, que gera conhecimento sobre percepções de saúde e doença e a Unidade de Relações Inter-institucionais Advocacia e Comunicação (URIAC), que lidera a componente de Comunicação Organizacional que inclui a partilha da informação das actividades levadas a cabo e resultados obtidos, com os demais stakeholders, com vista a promover a instituição e a empatia das principais partes interessadas, coordenar a comunicação institucional e garantir a boa visibilidade institucional.


Nércio Machele

Oficial de Comunicação

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