Teve lugar na Escola Secundária Josina Machel, na cidade de Maputo, a 28 de Abril último, a 1ª edição da Conferência e Feira da Malária. O evento organizado pelo CISM, em parceria com o Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) e seus parceiros, tinha como principal objectivo, promover uma reflexão sobre os desafios da luta contra malária, com o enfoque no papel dos alunos e jovens no geral na prevenção, controlo e erradicação desta doença. O evento contou com a participação de mais de 320 alunos na conferência e cerca de 700 visitantes, na Feira exposta no recinto escolar.
Segundo o Director Geral do CISM, Francisco Saúte, em declarações à imprensa, a reflexão feita com este grupo-alvo (alunos do ensino secundário), é de muita relevância pois, “se se pretende mudar a forma de ser e estar dos indivíduos, o maior impacto consegue-se nas pessoas em idade escolar, pois estão na fase de aprendizagem rápida, assimilação de novos conhecimentos e também na identificação daquilo que querem ser na vida. E tratando-se de um estabelecimento de ensino, o objectivo é também despertar nos alunos, o gosto pela investigação, para ajudar a resolver problemas do dia-a-dia, visto que, são alunos que dentro de poucos anos poderão entrar para o ensino superior e seria bom despertar neles a sua vocação, provavelmente desconhecida, até agora".
A conferência, contou com apresentações de investigadores do CISM, Ministério de Saúde (MISAU) através do PNCM, Conselho Municipal de Maputo e da Tchau-Tchau Malária e teve uma sessão especial, onde o Presidente da Fundação Manhiça, Leonardo Simão e o Representante da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Adelino Xerinda, falaram dos seus percursos e da importância de Juntos na luta contra a malária e sobre O papel da escola na batalha contra a malária e combater a malária, uma batalha de todos, respectivamente.
Este evento representa uma oportunidade para consciencializar os alunos sobre a malária
Para o Director da Escola, Orlando Dimas, está visita não só é um prestígio para o estabelecimento que dirige, mas também uma oportunidade para consciencializar os alunos sobre a malária e ainda, uma forma de passagem de testemunho para a continuidade na luta contra várias doenças. "O ganho não é apenas no combate à malária e outras doenças, mas uma forma de permitir a orientação vocacional. Provavelmente, a partir deste acto podemos passar a ter nossos alunos como futuros investigadores”, comentou.
Esta iniciativa insere-se nas actividades de celebração do dia Mundial de Luta contra a Malária, mas surge da vontade de desmistificar a ciência e de incentivar aos jovens a descobrir a pesquisa, sua importância e seu impacto. E espera-se que com eventos desta natureza, organizados nas e para as escolas, cada vez mais jovens não só sonhem em fazer ciência, mas o façam, contribuindo assim para o desenvolvimento do país.
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