MANHIÇA CELEBRA O DIA MUNDIAL DA CIÊNCIA SOB O LEMA “CIÊNCIA AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES”
- Nercio Machele
- 18 de nov.
- 2 min de leitura
O Distrito da Manhiça celebrou, no dia 10 de Novembro de 2025, o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, numa cerimónia que reuniu autoridades locais, investigadores, parceiros de cooperação, líderes comunitários, professores e estudantes. O evento, realizado na Sala de Sessões do Governo Distrital, foi promovido pela Fundação Manhiça (FM), entidade gestora do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), em coordenação com o Governo do Distrito da Manhiça, sob o lema “Ciência ao Serviço das Comunidades”.
Ao intervir na cerimónia, o Presidente do Município da Manhiça, Luís Jossias Munguambe, destacou o papel central da ciência na vida das sociedades e a necessidade de aproximar o conhecimento científico das populações e reconhecer o seu contributo para a melhoria das condições de vida. Munguambe sublinhou que a realização do evento no distrito reforça a imagem da Manhiça como referência nacional e internacional na produção e promoção do conhecimento científico. O governante afirmou ainda que tornar a ciência compreensível e acessível, salientando que quando o conhecimento é partilhado, transforma-se num instrumento de desenvolvimento humano e social.
Já o Presidente da Fundação Manhiça, Professor Martinho Dgedge, destacou o compromisso do CISM em desenvolver investigação científica com impacto directo nas comunidades. Recordou que o centro tem vindo, ao longo de quase três décadas, a produzir conhecimento biomédico relevante, com enfoque em doenças prioritárias como a malária, a tuberculose, o HIV e a saúde materno-infantil.
Dgedge sublinhou que o CISM faz ciência com e para as pessoas, reforçando a ligação entre investigadores, decisores e comunidades. Reiterou o papel da Fundação Manhiça na promoção de uma ciência participativa, que sustente políticas públicas baseadas em evidências e inspire os jovens a verem a investigação como um caminho de futuro.
Na sua intervenção, o Administrador do Distrito da Manhiça, Matias Parruque, destacou o impacto que a investigação científica tem tido na vida das populações locais. Referiu que a prevalência da malária no distrito reduziu drasticamente nas últimas duas décadas, resultado directo da investigação e da assistência clínica apoiada pelo CISM. Entre os exemplos de avanços alcançados, destacou a introdução de vacinas essenciais – como a pneumocócica, a da malária e a do HPV – baseadas em estudos conduzidos na Manhiça, bem como o papel determinante do Centro durante a pandemia da COVID-19, em estreita colaboração com as autoridades de saúde.
Para o Administrador, o evento simboliza um compromisso renovado entre ciência e sociedade, promovendo decisões baseadas em evidências e fortalecendo a confiança entre investigadores, decisores e cidadãos. Reforçou que a ciência tem maior valor quando traduz o conhecimento em acções que melhoram a vida das pessoas e que os resultados produzidos localmente têm impactos que ultrapassam as fronteiras do distrito e do país.
Ao encerrar a sessão, as autoridades presentes convergiram na mensagem de que a ciência deve estar ao serviço das pessoas, respondendo às suas necessidades e inspirando soluções para os desafios locais e globais. O lema “Ciência ao Serviço das Comunidades” reflete, assim, a missão do CISM e da Fundação Manhiça de promover uma investigação biomédica inclusiva, de excelência e comprometida com o bem-estar das populações.
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