“BATALHAS” DO CISM CONTRA A MALÁRIA SÃO DESTAQUES DO THE SCIENCE
- Nercio Machele
- 27 de set. de 2022
- 2 min de leitura

Um artigo recentemente publicado por Leslie Roberts, na revista norte americana, The Science, destaca as “batalhas” do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) contra a malária e explica como os projectos implementados pelo CISM, contribuem para a luta contra a malária em Moçambique. No artigo, Leslie, inicia a história falando de Moisés Mapanga, um dos participantes de estudos de entomologia implementados no distrito de Matutuíne. O senhor Moisés, é descrito como uma isca, pois dorme numa tenda, cujo propósito é a caça de mosquitos. A tenda, é montada dentro da sua casa, e estando dentro da tenda, ele atrai os mosquitos, que são capturados por uma armadilha, antes de realizarem a picada.”
“A equipa do CISM está no local para inspecionar as actividades de capturas de mosquitos, e realiza visitas domiciliares para recolher os mosquitos e posterior análise sobre as espécies de mosquitos que predominam no distrito, o seu intervalo de picada (se picam dentro ou fora de casa), cujas respostas ajudam a reduzir os casos da malária no distrito, pois, essas análises, ajudam ao governo a definir estratégias específicas para cada local” desenvolve a autora.
“Mas também procuramos responder a uma questão maior: por que, depois de Moçambique e seus parceiros internacionais terem gastado anos investindo dinheiro e energia no combate à malária, os casos se estabilizaram e em alguns lugares aumentaram? Fazemos quase tudo o que podemos para diminuir a carga, mas não estamos vendo o impacto que esperamos”, comentou Pedro Aide, director científico do CISM na entrevista à Leslie.
De acordo com a autora, o padrão é semelhante em muitos países da África Austral. Depois de mais de uma década de sucessos impressionantes contra a doença, os casos agora estão avançando em uma linha geralmente plana, ligeiramente para cima em um ano, para baixo no ano seguinte, sem progresso real. E para ela, espera-se que pesquisadores moçambicanos, possam ajudar a responder a pergunta, com base em experiências locais.
Em parte, segundo Pedro Aide, citado pela autora, “parte do problema é que os mosquitos estão revidando. Intervenções comprovadas contra a malária, como as redes mosquiteiras tratadas com inseticida de longa duração e a pulverização intra-domiciliária, estão perdendo força porque os mosquitos estão mudando seu comportamento e a resistência aos produtos químicos se tornou desenfreada. O próprio comportamento humano, o reduzido acesso aos de serviços de saúde pelas comunidades, bem como, as questões do meio ambiente e fenómenos naturais (clima, ciclones, inundações...) que afetam o país, constituem os principais desafios e condições para a proliferação de mosquitos.“ Clique aqui para ler o artigo completo.
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