CISM LANÇA PRÉMIO MANHIÇA NA CIÊNCIA
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CISM LANÇA PRÉMIO MANHIÇA NA CIÊNCIA



O prémio Manhiça na Ciência é uma iniciativa que visa, nesta primeira edição, premiar os melhores artigos escolares sobre actividades científicas do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM). Realizado a 13 de Fevereiro, o CISM, em parceria com a os Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia da Manhiça, a Embaixada de Espanha em Moçambique e a Associação de Cientistas Espanhóis na África Austral, o evento realizou na Escola Secundária da Manhiça, lançou o Prémio Manhiça na Ciência, no âmbito do Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência que é celebrado anualmente  a 11 de Fevereiro, dia foi instituído pela ONU em 2011 com o objectivo de destacar o importante papel das mulheres na produção do conhecimento científico.


O CISM, entidade gerida pela Fundação Manhiça (FM), tem promovido e incentivado a participação da Mulher na ciência, de forma a contribuir para o empoderamento deste grupo, e, nos últimos anos tem organizado junto a outros parceiros um conjunto de actividades que visam aumentar a consciencialização sobre a questão das mulheres na ciência, e lembrar a comunidade nacional e internacional, que a igualdade de género e a ciência devem andar de “mãos dadas”.


Ao apresentar o prémio, o Presidente da Fundação Manhiça, Martinho Dgedge, enunciou que “fomentar a participação das mulheres e raparigas na ciência é crucial, e, por esta razão, o CISM quer, através da realização deste tipo de eventos, contribuir no estabelecimento de plataformas onde celebra-se as conquistas, ouve-se e partilha-se os desafios, e incentiva-se a crescente participação e envolvimento na ciência”, disse Dgedge.


Nesta primeira edição do prémio, foram selecionadas 16 candidatas provenientes de oito escolas secundárias do Distrito da Manhiça (duas alunas de cada escola). Portanto, os artigos serão elaborados por essas raparigas que se distinguiram em 2023 entre as melhores estudantes da 11ª Classe do ensino secundário no distrito. A selecção dos melhores trabalhos a concurso será feita, a posterior, pelo Comité de Adjudicação com base numa grelha de avaliação que será apresentada no encontro introdutório com as candidatas a concurso, sendo que a premiação das vencedoras (os 3 primeiros lugares) será feita durante o 4º Simpósio em Saúde Global da Fundação Manhiça, a ter lugar em Julho de 2024, e que a primeira classificada, poderá beneficiar, entre outros, de um estágio não remunerado no CISM por um período de 1 mês. 


Neste âmbito, os artigos ou redações escolares a serem elaboradas pelas candidatas, contarão com o apoio dos seus professores assim como de um(a) investigador(a) júnior do CISM, atribuído em função da temática escolhida, poderão ainda visitar o Centro e contar com apoio logístico (transporte) e material do Centro (computadores), sempre e quando se julgar necessário e previamente concordado.


A Administradora do Distrito da Manhiça, Maria Fernanda Moçambique, demonstrou contentamento com a iniciativa do CISM em premiar raparigas do distrito com vista a impulsionar a prática da ciência. Moçambique encorajou as meninas presentes a não desistirem dos seus sonhos e lembrou que as mulheres têm que buscar a igualdade de oportunidade. “Na nossa sociedade nem sempre somos percebidas quando queremos alcançar nossas metas e nossos sonhos. Há barreira no seio familiar quando somos mais novas e mesmo quando adultas podemos ter um companheiro que por vezes não nos apoia. Na nossa busca de sermos cada vez melhores, o nosso desafio não deve ser nos igualarmos aos homens, mas ter oportunidades iguais e termos em mente que uma porta não deve ser fechada só pelo facto de sermos mulheres. No entanto, é preciso disciplina e dedicação, e isso é possível sem desvalorizar o nosso dever de servir a família e a comunidade”. Portanto, “o CISM como um grande parceiro do distrito é um forte candidato para que algumas meninas possam alcançar a carreira científica com sucesso”, acrescentou a Administradora da Manhiça.


Por sua vez, a nova Embaixadora da Espanha em Moçambique, Teresa Orjales, que chegou recentemente ao país para missão diplomática, participou deste evento no qual a Embaixada da Espanha é também parceiro. “Estar aqui hoje, nesta escola, me lembra as figuras que mais me inspiraram na vida, os meus professores. Eles sempre disseram que quem estuda pode chegar onde quiser. Por isso, queria agradecer aos professores que têm a responsabilidade de transformar a todas estas meninas em grandes profissionais do futuro. Gostava também de lembrar aos alunos sobre o privilégio que têm de ter perto das suas casas um Centro de Investigação que acolhe tanta gente e dirige os seus esforços para investigar a saúde e procurar cura para as doenças. Isso tem que ser uma fonte de inspiração constante para vocês”, disse Teresa Orjales, tendo felicitado ao CISM por esta iniciativa de premiar jovens cientistas. “Hoje foram selecionais as melhores estudantes, mas todas aqui presentes têm o direito de receber prémios”, exaltou a embaixadora da Espanha.


Na ocasião o CISM presenteou as participantes com histórias de vida de duas profissionais que trabalham há mais de 20 anos na instituição. Trata-se de Tacilta Nhampossa, médica, pesquisadora e coordenadora da área de Saúde Materno Infantil e Sexual Reprodutiva e Samira Sirage, técnica de laboratório, que contaram para as raparigas presentes suas trajetórias profissionais e desafios pessoais durante seus percursos. Duas profissões e histórias de vida diferentes que encontram convergência através dos seus trabalhos no Centro de Investigação em Saúde da Manhiça. Nesta senda, as mesmas tiveram oportunidade de interagir, em uma sessão de pergunta e respostas, com as investigadoras do CISM, a Administradora da Manhiça e a Embaixadora da Espanha.


Referir que a nova Embaixadora da Espanha em Moçambique reuniu-se na manhã do mesmo dia (13) com a direcção e investigadores do CISM, onde manifestou satisfação em conhecer de perto o Centro, que de acordo com a Embaixadora “é uma instituição extraordinária que tem contribuído grandemente em respostas aos problemas de saúde global”. A embaixadora visitou igualmente o Hospital Distrital da Manhiça, onde o CISM tem dado assistência clínica e realizado vários estudos, assim como aos laboratórios da instituição.





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