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ESTUDO INOVADOR AVALIA O USO DA ECOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE INFANTIL EM MANHIÇA

A iniciativa é no âmbito do projecto POCUS-4TB
A iniciativa é no âmbito do projecto POCUS-4TB

O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), em colaboração com a London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), irá implementar um projecto pioneiro que visa avaliar o potencial da ultrassonografia torácica (ecografia) como ferramenta de apoio ao diagnóstico da tuberculose (TB) em crianças. A iniciativa, denominada “Ultrassom no local de atendimento para diagnóstico de tuberculose: fase preliminar (projecto POCUS-4TB)”, será financiada pelo National Institute for Health and Care Research, do Reino Unido.


No âmbito deste projecto, serão realizados estudos com vista a testar uma abordagem abrangente de ecografia no ponto de atendimento ao paciente (POCUS), que combina a avaliação dos pulmões, mediastino e abdómen. De acordo com o Investigador principal do estudo em Moçambique, Sozinho Acácio, “a iniciativa vai contribuir de forma significativa para o diagnóstico da TB pediátrica num contexto rural com alta prevalência de TB e HIV, como é o caso da Manhiça”.


Além disso, o projecto pretende avaliar a capacidade da ecografia em monitorar a resposta ao tratamento, comparando-a com ferramentas tradicionais, como o raio-X do tórax e a avaliação clínica. Também serão analisados a precisão diagnóstica do POCUS em relação às categorias estabelecidas de tuberculose – Confirmada, Provável e Improvável – e o desempenho comparativo entre o POCUS e o raio-X do tórax, bem como o valor acrescentado quando ambas as ferramentas são utilizadas de forma combinada.


Com a iniciativa, espera-se alcançar cerca de 250 crianças com menos de 18 anos de idade com suspeita de tuberculose que se apresentam no hospital para atendimento. A expectativa é que os resultados deste estudo, possam ajudar a responder a um dos maiores desafios no combate à tuberculose infantil – a dificuldade de confirmação laboratorial do diagnóstico, sobretudo devido à limitação na obtenção de amostras de escarro em crianças pequenas. Essa lacuna resulta frequentemente em subdiagnóstico, agravando o risco de mortalidade ou de sobre diagnóstico, o que leva à utilização indevida de recursos de saúde.


Para o investigador Sozinho Acácio, “este estudo representa uma oportunidade promissora para aperfeiçoar o diagnóstico da TB pediátrica em contextos com recursos limitados, portanto, torna-se urgente a adopção de métodos diagnósticos alternativos que dispensem de amostras respiratórias”.


O projecto é desenvolvido pelo CISM e pela LSHTM e conta ainda com a colaboração de instituições internacionais, incluindo a Delft Imaging Systems (DIS) (Holanda), o Imperial College London (Reino Unido), a Asociación Benéfica PRISMA (Peru e Bolívia) e o Zambart (Zambia).


Com esta iniciativa, o CISM reafirma o seu compromisso em promover soluções inovadoras e sustentáveis que melhorem o diagnóstico e o tratamento da tuberculose em crianças, contribuindo para o fortalecimento da investigação científica e da saúde pública em Moçambique e em toda a região.

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