PNCT E CISM TROCAM EXPERIÊNCIAS (TB)
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PNCT E CISM TROCAM EXPERIÊNCIAS (TB)


A equipa Programa Nacional de Controlo da Tuberculose (PNCT) visitou o CISM a 26/10

Para compreender a implementação de pesquisas clínicas obedecendo os padrões de qualidade do atendimento dos pacientes, o Programa Nacional de Controlo da Tuberculose (PNCT), através do Centro de Excelência de Tuberculose Resistente e Pediátrica (CdE) realizou na última quinta (26), na Manhiça, uma visita de troca de experiências com o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), actividade que visa buscar conhecimento e boas práticas do CISM como uma instituição de referência de pesquisa em saúde.


Durante o encontro, o PNCT visitou os laboratórios de Tuberculose (TB) do CISM para compreender a contribuição do Centro nos avanços da investigação em saúde, ensaios clínicos e inovações no controlo da doença.


Segundo Loide Cossa, ponto focal do Centro de Excelência no PNCT, para melhorar a actuação do Programa torna-se fundamental a busca de experiências e boas práticas com instituições experientes nas diferentes componentes de interesse, entre as quais a pesquisa. A ponto focal faz uma avaliação positiva do encontro, acrescentado que o CdE do Ministério da Saúde surge como parte da resposta para a melhoria da qualidade dos serviços e geração de evidências científicas para a adopção e melhoria de estratégias e ferramentas de prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose no país, visando a oferta de excelência na prestação de serviços, com inovação nas componentes de formação, pesquisa, cuidados e tratamento, e o contributo na orientação de políticas e directrizes para a redução do impacto da TB a nível nacional e global.

Há ncessidade de acelerar o processo de formalização do laboratório de tuberculose do CISM como um laboratório de referência

Sozinho Acácio, Médico e Investigador da área da TB no CISM, mostra-se satisfeito pelo interesse do CdE em trabalhar com o CISM na área de pesquisa. Dos vários desafios identificados na reunião, nas palavras de Sozinho, destacam-se a necessidade de acelerar o processo de formalização do laboratório de tuberculose do CISM como um laboratório de referência para tuberculose multi-resistente e a melhoria a detecção laboratorial de casos de tuberculose, assim como a necessidade da monitoria e manutenção dos aparelhos Gene-Xpert alocados aos distritos para melhorar o diagnóstico da TB no país.


“A visita foi muito produtiva, de maneira que estamos alinhados com o PNCT no que diz respeito à pesquisa e manejo de doentes com tuberculose. Desta forma, vimos a necessidade de apoiar o PNCT e iremos manter a vigilância da doença no distrito e estamos a prever uma colaboração mais estreita com o PNCT e o Hospital Geral da Machava, referência no tratamento da tuberculose”, disse o investigador do CISM.


Por sua vez Loide Cossa, enfatiza que os desafios actuais do programa têm a ver com a estrutura de coordenação com as Unidades Sanitárias, o mecanismo de coordenação com a comunidade e estruturas locais de saúde e as evidências sobre os desafios do Programa no distrito da Manhiça, comparativamente aos dados nacionais e globais. A representante do PNCT aponta também como desafios a fraca confirmação bacteriológica dos casos de TB e a operacionalização do centro na busca de parcerias para a realização de mais pesquisas para tomada de decisões informadas. E como passos de seguimento, o Programa Nacional de Controlo da Tuberculose pretende identificar áreas comuns de interesse em pesquisa com o CISM.


Espera-se que, após o momento de partilha de experiência, o Programa tenha colhido boas práticas em pesquisa nas componentes administrativa e operacional; tenha também obtidos conhecimentos e experiências no uso de sistemas de informação para as actividades de pesquisa; tenha ainda obtidos experiências em actividades de vigilância em saúde e igualmente tenha compreendido o processo de envolvimento comunitário e multissectorial nas actividades do CISM.


Referir que em Moçambique, cerca de 3.400 pessoas com tuberculose multirresistente (TR MR) não são diagnosticadas anualmente, e embora o país tenha registado significativos avanços na taxa de sucesso do tratamento da TB com um alcance de 75% no ano 2022, a elevada taxa de óbitos (12%) e de perda de seguimento aliadas a emergência de estirpes resistentes aos novos medicamentos da TB, carecem de uma atenção diferenciada, através de um conjunto de abordagens a diferentes níveis, incluindo a geração de evidências com vista a informar acções.

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